quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Condicionadores de ar

Fonte: Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - Idec

A Sangue Frio*

Condicionadores de ar são uma boa opção para aplacar a ira dos dias quentes. 
Mas é preciso ter calma para escolher o modelo mais apropriado

O calor bate na porta, o calor bate na aorta. Ventiladores, climatizadores e até um bom banho gelado podem ajudar a eliminar a desconfortável sensação de que estamos dentro de um forno. Mas pouca gente vai discordar que imbatível mesmo é um gélido ar-condicionado. É, mas eleger o modelo mais adequado ao perfil de uso desse aparelho não é tão simples: é preciso considerar uma série de variáveis, como área e uso do cômodo, nível de insolação e quantidade de fontes emissoras de calor. Sem contar, é claro, a eficiência energética: uma aparente economia no preço inicial do aparelho pode rapidamente ser diluída por quentíssimas contas de luz.



Diante de tantas ponderações, o Idec preparou um passo a passo de como escolher o ar-condicionado mais apropriado. Também levantou os preços dos principais modelos disponíveis no mercado, separados por tipo e capacidade de refrigeração. Esse levantamento pode servir de parâmetro para a escolha dos modelos (e preços) mais convenientes. Boa refrigeração!

TIPO

A primeira variável que deve balizar a escolha é o tipo de aparelho. Para uso residencial, existem basicamente três: o de janela, o split e o portátil. Os dois primeiros demandam uma instalação mais complexa, como abrir um buraco na parede. Por diversos motivos, nem sempre isso é possível – por exemplo, muitos edifícios não permitem alteração de fachada. Assim, para situações como essa, o mais indicado é um modelo portátil, que dispensa "mini-obras" de instalação. O maior inconveniente dos portáteis é que, no geral, são mais barulhentos. "Como o compressor fica dentro do equipamento, a fonte geradora de ruído fica dentro de casa, ao contrário dos de janela e split", explica Mauro Apor, vice-presidente do Departamento Nacional de Ar- -Condicionado Residencial da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Outro ponto a ser considerado é que os portáteis nem são tão portáteis assim, pois têm um tamanho e peso razoáveis. Portanto, avalie se ele não vai virar um trambolho, principalmente se houver escassez de espaço. Além disso, é necessário que fiquem perto de uma janela, onde será encaixada uma mangueira responsável pela expulsão do ar quente.

Se esses inconvenientes lhe parecem exagerados e a instalação não é um impedimento, o melhor é optar entre um split e um de janela. Os split são um pouco mais caros, mas contam com uma tecnologia mais avançada. A grande sacada é que eles são divididos em duas partes (daí seu nome – split, em inglês, quer dizer "separação"). Ou seja, a "parte fria" (o evaporador, que fica dentro do cômodo) é independente da "parte quente" (o condensador, que fica fora). Isso garante melhor performance, menos barulho e, no geral, maior eficiência energética. Atenção: a imensa maioria dos split é 220 V.

Um parêntese: há ainda modelos split que contam com a tecnologia inverter. Nela o compressor funciona de maneira gradativa, com a velocidade relacionada à temperatura do ambiente. Os compressores de modelos sem essa tecnologia, ao contrário, não têm essa gradação: ou ficam ligados ou desligados, sem meio termo. Assim, aparelhos inverter, embora mais caros, têm eficiência energética ainda melhor.

Os modelos de janela são os mais tradicionais. São um monobloco, uma caixa onde estão todos os elementos do sistema de refrigeração. Por isso, tendem a ser mais barulhentos e gastões. A diferença de preço entre eles e os split já foi exorbitante. Hoje esse intervalo já é mais razoável, mas os de janela ainda contam com instalação mais simples e barata. Se o aparelho for ser usado intensamente, talvez seja melhor ficar com um split. O investimento inicial maior será rapidamente compensado por contas de luz menos caras. Se o uso for mais esporádico, um de janela pode atender perfeitamente à demanda. 

Em tempo: é importante dizer que existem três tipos de aparelhos split. Os de uso residencial se enquadram na categoria hi-wall. Para ambientes maiores, há os split cassete (embutidos no teto) e os piso-teto.

Dicas de uso

• Procure um modelo com capacidade térmica adequada
• Mantenha os ambientes fechados
• Não instale o aparelho em lugares quentes (por exemplo, onde bate muito sol ou perto de outros equipamentos elétricos)
• Mantenha os filtros sempre limpos
• Desligue o aparelho antes de períodos de ausência
• Não fique viciado em ar condicionado: se não estiver tão quente, não use o aparelho. Nada como uma janela aberta

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* Matéria da Revista do Idec - Edição 183